mafaldezas

/ terça-feira /


Meu amor pela Mafalda começou no colégio, onde não cansei de ver inúmeras tirinhas da pequena notável em minhas aulas de práticas de redação. E como já não parece ser mais novidades, elas sempre me encantaram (e entediavam o resto da sala, obviamente). Esse amor também passou pela época do vestibular e continua firme e forte, obrigada.



Por essas e por outras é que mantenho a disposição em colecionar tirinhas lá no MAFALDEZAS, lugar que encontrei para compartilhar o meu prazer em acompanhar as críticas e suas colocações da pequena. E mesmo sabendo que não há alguém que não conheça Mafalda (né?!), aqui vai um breve resumo de seu perfil:


Mafalda – personagem principal da tira escrita e desenhada pelo cartunista argentino Quina – é uma menina de seis anos de idade, que odeia sopa (eu amo!) e adora os Beatles (argh!) e o desenho Pica-Pau (nosso ponto em comum). Ela se comporta como uma típica menina na sua idade, mas tem uma visão aguda da vida e vive questionando o mundo à sua volta, principalmente o contexto dos anos 60 em que se encontra. Tem uma visão mais humanista e aguçada do mundo em comparação com os outros personagens. As aventuras de Mafalda foram narradas em três veículos: Primera Plana, El Mundo e Siete Días Illustrados.

Eu acho superinteressante a forma como usam um personagem para dar voz às críticas de um país. No caso de Mafalda – criada na Argentina, vale ressaltar – a menina criada no contexto histórico como Pós-Guerra Fria, enfrentou a ditadura militar de seu país para falar de censura, feminismo, crises econômicas e política internacional, expressando suas ideias sobre um mundo recém-globalizado, integralmente capitalista, no qual o comunismo está quase [totalmente] ausente. Virou um dos símbolos dos anos 70.

Só para vocês terem uma ideia: em 1970, na Espanha, o ditador Franco ordenou que a editora colocasse na capa uma tarja com os dizeres "Somente para adultos".


O tio Quino deixou de escrever novas histórias com a Mafalda em 1973. Vários leitores o acusaram de "matar" a garotinha, mas ele se defendeu dizendo que o sucesso da personagem até hoje prova que ela ainda está viva. Ela só voltou a aparecer em 1977, numa campanha do Unicef (o Fundo das Nações Unidas para a Infância) para divulgar a Declaração dos Direitos das Crianças.

Como não amar essa que é a melhor criação argentina de todos os tempos?


Confira minhas páginas dedicadas à essa lindeza:
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